quarta-feira, 25 de junho de 2008

Bem vindos as minhas memórias!



Lembro com muito carinho do meu primeiro Diário: uma velha agenda de capa preta, que eu tratava como uma irmã muito chegada e querida. Eu sentia necessidade de escrever nela até mais de três vezes no dia, eu lhe contava tudo, nos mínimos detalhes, era a minha amiga sempre presente, sempre a meu favor, que me entendia sempre e me acalmava.

As circunstâncias me separaram dela. Mas nem o tempo foi capaz de arrancá-la do meu coração.

Recomeço hoje o ritual, elegi este ciber-espaço como meu novo companheiro, meu irmão confidente. Mesmo feliz não deixo de sentir uma ponta de tristeza, pois se precisei novamente recorrer a este amigo é porque os de carne e osso estão distantes, escassos ou inexistentes...

Meu peito novamente arde. Nele estão um sem número de medos ressentimentos e dores. estou me sentindo só, fraco. estou a ponto de implorar por um abraço...

Não quero simplesmente refazer meu antigo diário, mas sim criar algo próximo a um amigo, alguém que recebesse meus pensamentos... um ouvinte fiel, pura e simplesmente...

Já usei definições semelhantes a essa para dar início a uma atividade de registro, a uma copilação de memórias, ou para começar um diário. Na maioria das vezes nunca cheguei a virar a página, concluir o texto ou dar seqüência a história, e olha que eu sempre dei partida cheio de convicção de que iria até o fim, como quase tudo na minha vida, e como quase tudo nunca dei mais que cinco passos, longos ou curtos não importa, quase nunca chegaram ao passo seis, não lembro de um passo sete...

Só para variar vou acabar misturando pensamentos, desejos, idéias, presente, passado, futuro... As vezes penso que nunca vivo o hoje, mas sempre o ontem, em eterna comparação com o amanhã.

Nenhum comentário: